segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Palmas para o Stieve Andrade e seu Programa!

Foto: sondisantiagu.blogspot.com

Esta segunda edição da rubrica “Palmas” (que resolvi criar de uma hora para a outra) vai para o Stieve Andrade e seu Programa “Secção da Música” (na Rádio Comercial, aos sábados, às 10 da manhã).

Este invisual, que de cego não tem nada, tem proporcionado a vários artistas, principalmente os músicos, a possibilidade de promoverem o seu trabalho. Constitui igualmente uma oportunidade para os ouvintes estarem a par das novidades da nossa música, especialmente as feitas no formato electro-acústico.

Evidentemente, que se pode criticar a permeabilidade do programa, cujo único afunilamento (que chega a ser suave) parece residir nesse contraponto entre o electro-acústico e o electrónico . Mas eu penso que é justamente isso que constitui o sal do Programa: os artistas sentem-se à vontade porque sabem que vão para lá não para estar sob o crivo da crítica voraz, mas sim para promover o seu trabalho. Este facto acaba por fazer com que os artistas se sintam à vontade até para expor partes dos bastidores e dar-nos a conhecer elementos humanos, humanistas, ou humanizantes que concorreram para a feitura da sua obra.

Entretanto, o Stieve está magoado. No passado dia 8 de Dezembro, por altura do 6º aniversário do Programa, ele viu gorada a ideia de organizar algumas actividades de comemoração, devido à quase total indisponibilidade dos artistas (especialmente, os músicos) que, no entanto, já tiveram a oportunidade de promover seu trabalho no programa.

Lembro-me dele ter abertamente manifestado, naquela edição do Programa, a sua decepção com a classe artística nacional residente, especialmente os que ele tinha abordado. Nem mesmo o facto do Dany Spinola e do Tó Alves terem ido lá, assim como o Djinho Barbosa (este para encerrar a edição daquele dia) e do Mário Lúcio ter telefonado, prontificando-se a oferecer dez exemplares do Badyo para o Stieve oferecer aos ouvintes do programa, chegou para sanar a dor que lhe ia (e ainda lhe vai!) na alma.

Confesso que eu, mesmo não tendo sido visado directamente, senti-me envergonhado por essa postura nada dignificante dos que foram abordados e se mostraram indisponíveis, sem terem, todavia, apresentado uma justificação suficientemente convincente.

De qualquer modo, acredito que este momento triste não vai frenar o entusiasmo e a motivação com que todos os sábados ele conduz o seu programa.

Força Stieve!!

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