Esta ideia de levantar vantagem em tudo também faz parte da nossa realidade, pois há uma fartura de exemplos que o evidenciam. Contudo, vou-me cingira dois ligados ao atendimento nos bancos comerciais.
Numa das agencias de um dos bancos comerciais, foram colocadas senhas para organizar o atendimento. Só que, às vezes, há alguns espertalhões (ou espertalhonas) que chegam e encontram algumas pessoas à espera. Às tantas, o pessoal do caixa chama um número e, se ninguém reage, o nosso espertalhão (ou espertalhona) faz de conta que é a sua vez e dirige-se para o caixa. Normalmente, os funcionários costumam estar tão absortos que se esquecem de conferir a senha. Resultado: a lei de Gerson funcionou.
Mas há um outro estratagema bastante criativo que me foi dado a conhecer: o espertalhão (ou a espertalhona), não tendo talvez o desplante de recorrer ao truque das senhas, dirige-se ao caixa e, enquanto o funcionário atende um cliente, ele (ou ela) queixa-se lamentando a morte de um familiar e a necessidade que tem de tratar rapidamente o assunto que lhe motivou a dirigir-se ao banco. É um truque que parece funcionar bem. O risco, no entanto, é se a pessoa que está a ser atendida naquele momento for da zona que o(a) espertelhão(ona) escolher como residencia do seu “morto”.
Pelas evidencias, a lei de Gerson não é uma exclusividade brasileira.