Com o aproximar de mais um pleito eleitoral, e por ser as autárquicas, começam a despontar alguns grupos de cidadãos dispostos a constituir lista e concorrer em alguns pontos do país sob o rótulo de independentes.
É também muito comum também ouvir cidadãos que se auto denominam de independentes, pela simples razão de não serem militantes de nenhum partido, isto é, ser independente para eles é ter ligação efectiva a um partido político (ter cartão de militante), independentemente (passe a expressão) da ligação afectiva a uma organização com esse cariz.
As ambiguidades em torno desta noção, pelo menos do ponto de vista político-partidário, criaram uma certa desconfiança em relação aos que se consideram na condição de não pertença efectiva a um partido político, havendo por vezes certas reacções sarcásticas ou irónicas, como é o caso de um candidato independente às autárquicas de Maio próximo que foi taxado de “candidato Mpendente”. Mas também não é para menos, há vários casos de grupos que se denominam independentes, mas que na prática têm uma ligação indisfarçável com alguma força partidária.
Algumas variantes que ganharam independência em relação á mãe “Independente”, começam a despontar, pelo que merecem alguma descodificação: os In...Dependentes, ou seja, os que dependem de estar... In, estar dentro do sistema e abocanhar as oportunidades, tendo mais mérito via connection do que via outras habilidades, e que para tal passam um tempo na sombra à espera da poeira assentar; os Pendentes, isto é, os que pendem para onde a probabilidade de estar In se apresentar maior.
Mas há um grupo especial que não desarma e que insiste em não ter ligação – nem afectiva nem afectiva – com partido algum e que não se importa em acumular derrotas eleitorais, fazendo da participação nas eleições autárquicas um exercício e um compromisso cívicos, é o dos INDEPERDENTES. Não pendem para lado nenhum... perdem em todo o lado...
terça-feira, 4 de março de 2008
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