terça-feira, 19 de agosto de 2008

Caminhamos para a “Música Popular Cabo-Verdiana” (MPC) ?

É cada vez mais difícil enquadrar as músicas feitas pelos cabo-verdianos nos diferentes géneros e estilos nacionais, muito por culpa da liberdade criativa que se tem traduzido em fusões de vária ordem.

E por que não, por exemplo, passar a chamar essa nova tendência de MPC (Música Popular Cabo-verdiana)? Isto evitaria aquela longa dissertação de que a música do Tcheka, do Vadú ou do Princezito, e de tantos outros, tem elementos do batuku, da tabanka, do talulu, do finaçon ou do funaná com influências de blá blá blá… para no final alguém discordar e dizer: “não, na verdade, essas canções não são nada disso, pois são baseadas nos ritmos mandinga com influência do jazz, do blues, da bossa nova, blá, blá, blá…” . O Refilon teria também o seu enquadramento facilitado enquanto grupo criador de géneros e estilos nacionais.

A ideia do MPC é claramente inspirada no MPB (Música Popular Brasileira), um género composto por uma plêiade de estilos e propostas musico-sócio-culturais daquele povo. Mas assim como aconteceu no Brasil numa dada altura, poder-se-á colocar a questão se a morna, a coladeira, o funaná e os demais géneros nacionais não terão também a legitimidade de serem MPC. A ideia é de uma Música Popular Cabo-verdiana (MPC), mas stricto sensu, que diga respeito a essa nova proposta de música aberta ao mundo, mas que preserva elementos de identidade sócio-cultural dos cabo-verdianos.

Fico à espera de reacções.

1 comentário:

Anónimo disse...

parabens pelo blog...
Na musica country VIRGINIA DE MAURO a LULLY de BETO CARRERO vem fazendo o maior sucesso com seu CD MUNDO ENCANTADO em homenagem ao Parque Temático em PENHA/SC. Asssistam no YOUTUBE sessão TRAPINHASTUBE, musicas como: CAVALEIRO DA VITÓRIA, MEU PADRINHO BETO CARRERO, ENTRE OUTRAS...
é o sonho eterno de BETO CARRERO e a mão de DEUS.